quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

De volta às cistácias

 Halimium halimifolium

E para continuar o que tínhamos interrompido, voltamos às cistácias e a uma do género Halimium  - O Halimium halimifolium. Se o nome cientifico nos diz pouco, o nome vulgar - sargaça - ainda nos diz menos e, em certa medida, chega a ser pejorativo. Quase tanto como a injusta designação popular de mato, que é como infelizmente muitos a ele se referem. O que é injusto, mas como sabemos não há povos perfeitos. E o nosso não é excepção.

Amplamente disseminado pelas dunas estabilizadas do centro e sul de Portugal, é um arbusto que pode atingir um metro de altura e que forma grandes manchas de tons cinzentos/brancos consoante a luminosidade do dia. Só por isso este arbusto já merecia estar nos nossos jardins, pois é a cor das suas folhas de cor verde claro/cinzento que mais podem contrastar com outras tonalidades de verde. 

Como alguém explicava, sobre qual o melhor processo para escolher as plantas para um dado espaço, mais do que as flores (efémeras) o critério que preferia era sempre o da cor das folhas. São elas que perduram mais ao longo do tempo e é das diferentes tonalidades em presença que se pode criar um espaço visualmente mais dinâmico.

Mas as suas flores não são despidas de interesse. Pelo contrário são a "cereja no topo do bolo". De Abril a Junho as sargaças cobrem-se de flores amarelas com ou sem máculas nas pétalas. Efémeras porque duram um a dois dias mas logo substituídas por outras novas na manhã seguinte. 

Apreciadas por inúmeros insectos, as suas flores contribuem para o aumento da diversidade e são também um bom motivo para quem quiser juntar mais uma cor aos rosas, lilazes e brancos das roselhas
e estevas.

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